domingo, 12 de setembro de 2010

na insônia, a vida resiste.

Minha antiga rival está me fazendo visitas ultimamente, o que eu simplesmente detesto! Não só pelo fato de não conseguir dormir, ou de ver minha mãe levantando pro trabalho e eu sem sono nenhum, ou de ver o dia amanhecendo e o sol batendo na minha janela enquanto eu estou na minha vigésima quarta tentativa de fechar os olhos... O que mata mesmo são os pensamentos. Nunca penso tanta besteira como penso em dias que a insônia vem me perturbar. É que nem nelson rodrigues resmunga na vitrola: "a insônia coversa a noite toda e não me deixa lembrar de me esquecer". São amores passados, situações complicadas, saudades (quase) esquecidas. Um milhão de coisas fúteis que eu podia simplesmente parar de pensar, começando a usar esse tempo para dormir, por exemplo, ou qualquer outra coisa que me faça parar de brigar comigo mesma e não me auto-questionar por mais de quarenta minutos. Eu quero dormir, mas por outro lado gosto de ficar procurando pelo meu sono nos cantos da minha casa. Quero sair, mas também gosto do aconchego da minha cama, do som da minha TV, da bagunça dos meus livros. Quero ser e ao mesmo tempo quero me desfazer de tudo e fingir que nunca existi. quero ir, quero ficar. Quero crescer, quero estar, quero viver. Quero que todo mundo me abrace e depois quero mandar todos pro inferno. Quero que a insônia maldita vá embora e leve com ela todas as lamentações e os pensamentos que não me fazem bem. Quero tudo e ao mesmo tempo não quero nada, a não ser um bom comprimido para dormir e sonhar com um amanhã melhor. Pra variar, hoje eu tô confusa! Não tenho sentimentos, sono ou certezas, e por incrível que pareça eu não sei o que fazer comigo mesma. Então seja eu e por favor veja o que dá pra fazer com isso... porque eu não sei. E desisto.

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